sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Maná busca 'química com Brasil' em duetos com Luan e Thiaguinho; ouça


Mexicanos também cantam com Jota Quest e Jorge & Mateus em novo CD.
Em turnê no Brasil, cantor lembra Rock in Rio e conversas com Coldplay.


“É a última fronteira”, diz o baterista do Maná, Alex González, sobre o Brasil. Ele sabe que o grupo mexicano não tem aqui tanto poder quanto entre os falantes de espanhol. Mas há um plano para mudar o cenário. “Você é minha religião”, novo disco da banda para o mercado brasileiro, tem antigos sucessos e quatro novos duetos com Luan Santana, Thiaguinho, Jorge & Mateus e Jota Quest (clique ao lado para ver entrevista da banda ao G1 e ouvir trechos dos duetos do Maná com artistas brasileiros).
O grupo complementa o plano de "invasão ao Brasil” com uma turnê, que já passou pelo Rio, no dia 23, e vai a São Paulo, no Credicard Hall, nesta sexta-feira (26), Belo Horizonte, no Chevrolet Hall (28) e Porto Alegre, no Pepsi on Stage (1º de novembro).
Maná encerrou a apresentação com a música Clavado en un bar (Foto: Flavio Moraes/G1)Fher Olvera e Sergio Valín, no Maná, no Rock in Rio em 2011 (Foto: Flavio Moraes/G1)

“Queremos que a música de Maná tenha boa química com o Brasil. E que o país possa amar nossas histórias, canções”, diz o vocalista Fher Olvera. Ele admite que não deu tanta atenção ao país no passado. “Faltou vir ao Brasil, procurar traduzir os símbolos que usamos nas nossas canções. Agora, com quatro artistas grandes e talentosos, nos aproximarmos um pouco mais do coração brasileiro”, espera.
“É um trabalho difícil, mas estamos empenhados. Por isso estamos lançando este CD com quatro artistas: para entrar no mercado de vocês”, deixa claro Alex. A banda já teve músicas em várias trilhas de novelas brasileiras – a mais conhecida é “Vivir sin aire”, de “Mulheres apaixaonadas” - e fez grandes shows como no Rock in Rio em 2011, antes de Maroon 5 e dos amigos Coldplay. Mas eles querem o status de atração principal.
Sertanejos e sambista
Muitos fãs estranharam o encontro do Maná, visto como pop-rock no Brasil, com os sertanejos Jorge & Mateus, já divulgado no YouTube. “Nosso sonho sempre foi ser um grupo popular. Queremos chegar às massas, não só ao pop-rock”, justifica Alex. O vocalista define: “A verdade é que o Maná é uma música mestiça”, diz, citando como influência o trio popular latino Los Panchos, além de Queen e Led Zeppelin.
Escutar Thiaguinho cantando “Lábios divididos”, deixou o cantor do Maná intrigado “Uau, isso eu não sei fazer!”, pensou ao ouvir o ex-Exaltasamba dar novo balanço à versão de “Labios compartidos”. O Jota Quest, segundo o cantor, também deu uma pegada nova em“Raiando o sol”, “mais rock´n roll”. “É refrescante poder escutar suas músicas em visões diferentes”, diz.
A banda mexicana Maná, que toca no dia 1º de outubro no Rock in Rio (Foto: Divulgação)
Banda mexicana Maná (Foto: Divulgação)
‘Tietagem’ do Coldplay
Na passagem anterior do Maná pelo Brasil, a banda recebeu em seu camarim dois visitantes que já haviam os procurado depois de um show em Guadalajara, no México. “O Chris Martin e o guitarrista do Coldplay [Jonny Buckland] bateram na nossa porta”, conta o guitarrista Sergio Valín.
“Eu me correspondo com Chris Martin”, conta o vocalista Fher. No México, após uma rodada de tequilas, eles falram de literatura latino-americana. “Ele tem afinidade, por alguma razão, com a Espanha e a América Latina. A esposa, Gwyneth Paltrow, já viveu na Espanha. Em Guadalajara, ele se interessou muito por literatura latino-americana, desde Neruda até novos poetas contemporâneos. Depois mandei boas traduções para o inglês destes autores. Há coisas no disco dele, como “Every teardrop is a waterfall”, muito poéticas, muito latino-americanas. Depois ele me mandou um livro de Sheakespeare em espanhol”, recorda.
Maná em encontro em Las Vegas com Barack Obama (Foto: Reprodução/ Facebook oficial Maná)Maná em encontro em Las Vegas com Barack Obama (Foto: Reprodução/ Facebook oficial Maná)
Encontro com Obama
Se na Inglaterra o Maná é procurado pelo Coldplay, nos EUA é o presidente Barack Obama que pede ajuda. No início de outubro, eles subiram ao palanque do candidato a reeleição norte-americana em Las Vegas. “Mais que questão política, é humanitária. Estamos falando de um presidente que busca mais a paz do que o outro partido. Queremos apoiar todos os latinos que, há 20 anos, seguem o Maná nos EUA. E poder dar de volta um pouco do que eles nos deram”, diz Fher.
Fonte: G1.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário